Uma das maiores questões humanas é também aquela para a qual somos menos preparados para lidar. Na nossa cultura, o luto prefere a cor preta da tristeza à possível alvura e leveza do eterno descanso.
Vida em Veios, Regina Rapacci
Velamos os mortos, mas queremos mesmo é velar a morte.
Uma das maiores questões humanas é também aquela para a qual somos menos preparados para lidar. Na nossa cultura, o luto prefere a cor preta da tristeza à possível alvura e leveza do eterno descanso.
Há quem prefira o branco (ou azul) e, com essa clareza, se faz corajosa e abre as portas da compreensão para falar sobre a finitude da vida. É o que acompanhamos neste ensaio narrativo que vem a público dez anos depois que Regina Rapacci viu sua mãe ser consumida por uma rara e indócil doença.
Ao lado de sua irmã, Ana, começou a corrida pela descoberta, tratamento para a cura e, por fim, a lucidez para lidar com a dor do outro e de si.